A profissão de cozinheiro passou a atrair muitas pessoas devido a dois fatores:

  1. Aumento no poder aquisitivo do brasileiro, que produziu uma revolução cultural na cozinha.
  2. A glamorização da profissão de chef. A TV alçou o cozinheiro ao status de celebridade.

chef

Mercado 

O mercado brasileiro de alimentação fora de casa cresceu de R$ 38,6 bilhões, em 2005, para R$ 116,55 bilhões, em 2013, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia).

O brasileiro nunca comeu tanto fora. Em média, 37% do gasto com alimentação é destinado a refeições fora de casa. Paulistanos e cariocas, que respondem por 42% dos gastos fora de casa do país, puxam a média para cima. Despendem, em média, 47% de tudo o que gastam com alimentação em restaurantes. É um percentual equivalente ao do americano, que consome 48% do orçamento alimentar comendo fora.

Isso tudo gera empregos, claro.

Carreira  de cozinheiro

A Associação de Bares e Restaurantes (Abre) estima haver 45 mil vagas abertas nas cozinhas profissionais brasileiras, de cantinas e botecos a restaurantes de luxo. Só no site de recrutamento Catho, há 3.029 colocações de cozinheiro e ajudante de cozinha esperando candidatos.

As cozinhas precisam de profissionais, e uma legião de jovens entusiasmados está louca para assumir o fogão.

cozinheiro

Fonte: epoca.globo.com.

Tão impressionante quanto o aumento de vagas nas escolas de gastronomia é a taxa de desistência nesses cursos. Enquanto a média nacional de evasão universitária gira em torno de 20%, em gastronomia o índice ultrapassa 50%. Os números do MEC mostram que, para cada 10  alunos matriculados na graduação, apenas 4 pegam o certificado de conclusão – ainda que os cursos de gastronomia durem dois anos, metade do tempo regular da maior parte das faculdades.

A dureza do dia a dia na cozinha leva os aspirantes a desistir do avental. Nos primeiros estágios, ainda durante a faculdade, os alunos percebem quanto a rotina da profissão é difícil. Descobrem que dez horas em pé numa cozinha quente, ora lavando o chão, ora descascando quilos de legumes, demoram a passar – enquanto o próximo dia de trabalho chega muito depressa.

Salário

Os salários não animam os talentos gastronômicos. Terminado o estágio, a remuneração de ajudante varia entre R$ 800 e R$ 1.200. Para cozinheiros, os valores ficam, em média, entre R$ 2.500 e R$ 4 mil.

Para chegar aos R$ 4 mil, é preciso ser sous-chef (pronuncia-se su-chef), o primeiro cozinheiro depois do chef titular. Essa função normalmente é dada a quem tem anos de intimidade com as panelas. O sonhado posto de chef tem média salarial entre R$ 3.500 e R$ 5 mil. Na Região Sudeste do país, há chances de valores mais altos.

Alguns dos maiores chefs do mundo e do Brasil contaram a ÉPOCA o que um aspirante a cozinheiro deve ter em mente ante de comprar um avental. Confira:

Fonte: epoca.globo.com.

Fonte: epoca.globo.com.

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